quarta-feira, junho 29, 2005

O óbvio ululante

É óbvio que a redução da taxa de juros, pela via da virtude e não do vício, passa pela redução de gastos do governo e o aumento do superávit primário.
É óbvio também que o governo irá, no ano que vem, abrir a torneirinha para melhorar as suas chances de reeleição. Ainda mais agora sem o FMI para passar carão.

12:46 PFL AVALIA LDO E DIZ QUE GOVERNO AUMENTARÁ GASTOS EM 2006

Brasília, 29 - Parlamentares do PFL na Câmara divulgaram hoje análise técnica do parecer do deputado Gilmar Machado (PT-MG) sobre o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2006 afirmando que, como está o texto, não haverá a limitação de gastos propostas pelo governo no projeto original.

O governo estabeleceu que suas despesas serão limitadas a 17% do Produto Interno Bruto (PIB), a partir do ano que vem. O documento do PFL afirma que, ao excluir determinadas despesas deste limite, o governo acabará ampliando os gastos. "As despesas com a Lei Kandir, o FGTS e despesas obrigatórias foram excluídas da base de cálculo", aponta o estudo. "Portanto o limite será facilmente ultrapassado na fase de execução do Orçamento".

O limite de gastos, determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi uma reação ao discurso da oposição de que o governo poderia aumentar suas despesas em 2006 em função da campanha eleitoral.
A redução de gastos pela máquina pública está sendo apontada pelo empresariado como uma forma de combater a inflação sem manter a taxa de juros do Banco Central nos atuais níveis. (James Allen)
É óbvio que o PFL vai chiar sobre a LDO, o PFL é a oposição. Mas isto é óbvio.