segunda-feira, junho 27, 2005

Dois intelectuais petistas metidos no mar de lama teórico

Comentários de uma das poucas publicações interessantes que restam...

Sader é um caso especialmente engraçado. Até quando Lula flanava na quase unanimidade da mídia, ele era um crítico implacável do governo.
Explica-se: os ditos radicais de esquerda gostam de governos moderadamente de esquerda que lhes garantam caraminguás para manter a radicalidade da teoria. É só o vento virar, como virou, e aí a ética do martírio coletivo — "somos todos de esquerda" — ressurge.
Aí, na cachola perturbada dessa gente, surge a conclamação para a união "contra a direita". Está tudo explicadinho.
Imaginem só: no dia em que Sader não tiver mais utopias baratas para vender a seu público, terá de ser reconhecido apenas por sua sociologia, apenas pelo núcleo, digamos, teórico, técnico, de sua ciência. E vai sobrar o quê? Qual foi mesmo a sua grande contribuição ao pensamento brasileiro até aqui além da denúncia dos complôs da direita e do neoliberalismo? E Wanderley Guilherme dos Santos? Nada! Goza alguns minutos de fama ao difamar a teoria política, com a anuência de alguns menos letrados do que ele, que lhe dão bola.