quarta-feira, novembro 17, 2004

Ministro Terrorista - Zé Dirceu, Chefe da Casa Civil

JOSÉ DIRCEU ("Daniel")

- O mineiro José Dirceu de Oliveira e Silva tinha 19 anos por ocasião da Revolução de 1964.

Nessa época, era estudante secundarista na cidade de São Paulo e já participava do movimento estudantil, filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Dois anos depois, já universitário, José Dirceu estava totalmente impregnado pelas idéias radicais de seu líder no PCB, Carlos Marighella, e o acompanhara na denominada "Corrente Revolucionária", criada dentro do partidão a fim de defender a luta armada. No final desse ano de 1966, ingressou na "Ala Marighella", tranformada, um ano depois, no Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP).

- Em 1968, José Dirceu exercitava sua liderança como presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) insuflando os jovens a pegarem em armas, nem que fossem uns contra os outros. Foi assim que, no início de outubro, constituiu-se num dos líderes do conflito no qual se envolveram, na Rua Maria Antonia, cerca de um mil estudantes universitários da Faculdade de Filosofia da USP e do Mackenzie. Armados de correntes, porretes, revólveres e coquetéis molotov, os estudantes digladiaram-se numa verdadeira guerra campal, finda a qual um estudante morto (baleado na cabeça), dez outros feridos e cinco carros oficiais incendiados atestavam a virulência do ocorrido.
Entretanto, a prisão de José Dirceu - então mais conhecido como "Daniel"

- Em 12 Out 68, durante a realização do 30º Congresso da UNE, em Ibiúna, impediu que ele prosseguisse nas suas estrepolias.
Além da UEE/SP, quem mais sentiu a sua prisão foi a "Maçã Dourada", jovem plantada junto dele pelo DOPS, para colher informações.
Ainda na prisão, acompanhou a transformação do AC/SP na Ação Libertadora Nacional (ALN).

- Em 05 Set 69, menos de um ano após sua prisão, foi um dos 15 militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do embaixador dos EUA, que havia sido seqüestrado no dia anterior, no Rio de Janeiro, pela ALN e pelo MR-8.
Do México, "Daniel" seguiu para Cuba, onde, durante o ano de 1970, a partir de maio, participou de um Curso de Guerrilhas, no denominado "III Exército da ALN" ou "Grupo da Ilha" ou, ainda, "Grupo Primavera".

Esse grupo, sentindo-se órfão com a morte de Marighella, rachou com a ALN (os divergentes passaram a ser conhecidos como o "Grupo dos 28"), dando origem à Dissidência da ALN (DI/ALN), mais tarde transformada no Movimento de Libertação Popular (MOLIPO).O MOLIPO foi uma organização de curta e triste história. A maioria do "Grupo dos 28" regressou ao Brasil, a fim de exercitar seu treinamento de ações terroristas. Entretanto, logo após chegarem ao país, os militantes foram caindo um a um, como peças de um dominó, cujo "armador", dizem, está vivo até hoje.

No total, José Dirceu permaneceu em Cuba durante 18 meses quando teria feito uma operação plástica nos olhos e no nariz, para voltar ao Brasil com segurança.

Apesar dessa operação não ter sido confirmada - muitos dizem ser uma mentira deslavada -, José Dirceu só voltou ao Brasil em Abr 75, quando a luta armada já havia terminado.

Com o falso nome de "Carlos Henrique Gouveia de Mello", radicou-se em Cruzeiro d'Oeste, no Paraná, onde casou-se com uma ricaça da região, com quem teve um filho.

No final de 79, regressou a Cuba, dizem que para retificar a antiga operação plástica (??).

Depois de ter uma filha com uma portuguesa e ter mais uma filha em um relacionamento desconhecido, José Dirceu casou-se pela terceira vez, agora com sua atual mulher.
Atualmente José Dirceu é o Ministro Chefe da Casa Civil.