sexta-feira, novembro 26, 2004

Afinal, quem foi Yasser Arafat?

Yasser Arafat, Mohammed Abdel-Raouf As Qudwa al-Hussaeini, ou Rahman al-Qudwa, como era conhecido nas rodas homossexuais no Egito, tornou-se famoso com a criação da rede terrorista chamada “Organização para Libertação da Palestina” morreu no mês passado por uma doença desconhecida no sangue que provoca perda de imunidade*.

No seu currículo de “estadista” internacional, merecedor inclusive do Nobel da Paz, está entre outros tantos feitos, a participação no massacre aos atletas judeus na Olimpíada de Munique (O ataque do Setembro Negro), no ano de 1972, o massacre na escola de maalot, em 1974, onde morreram 28 pessoas, quase todas crianças e em março de 1978 o atento terrorista a um ônibus na rodovia Haifa-Tel Aviv deixando 35 mortos e 80 feridos.
Mas na minha opinião o auge da carreira pré-governo de Yasser Arafat foi o assassinato do judeu americano Leon Klinghoffer no seqüestro da OLP do navio italiano Achille Lauro. A vítima foi jogada junto com sua cadeira de rodas no mar.
Yasser Arafat começou sua carreira de crimes associado aos soviéticos que apoiavam Gamal Abdel Nasser, presidente do Egito. Sua condição de homossexual escandaloso o tornou vítima de chantagem dos serviços secretos soviéticos.
Ion Pacepa conta tudo isso em seu livro Red Horizons. Pacepa o ajudou a introduzir-se nos círculos políticos que favoreciam a ideologia do Kremlim. Já tendo fundado a Al- Fatah em 1958, foi treinado pela KGB russa em Balashikha a leste de Moscou, no início da década de sessenta. O governo soviético, através de Pacepa, o abastecia com U$ 200.000 por mês mais dois aviões carregados de suprimentos militares.
Com a chegada ao poder na Palestina lutou contra o estado de Israel , apoiado inicialmente pela União Soviética e posteriormente paparicado por Bill Clinton, com a tática que conhecia utilizada por todos os déspotas da história: o populismo e a violência.
Foi um apóstolo da violência enquanto método de persuasão política e por esta rasão sua vida foi um grande fracasso.
Era um valente, mas infelizmente usou dessa virtude para praticar o mal, sem construir um bem, sendo possivelmente o maior deles a construção do Estado palestino. Oportunidades não faltaram para selar a paz com Israel e a sua última entrevista trazida pela imprensa mostrou que ele tinha consciência disso, especialmente no que se refere aos chamados acordos de Camp David.

Qual o seu legado?
Nenhum sucessor designado deixou, arriscando fazer surgir uma guerra civil entre os seus próprios partidários. Não deixou a paz. Sua população vive sob escombros, sob ameaça contínua de uma guerra que não acaba nunca. Por isso a economia palestina inexiste. Por isso boa parte da população é miserável. Por isso sua juventude, ao invés de estudar e produzir, abraça fuzis como se fossem um objetivo nobre. A cultura da violência terá sido talvez o que de pior legou a seu povo.




* Sabemos que ele é portador de uma doença no sangue que está deprimindo seu sistema imunológico. Sabemos que ele perdeu muito peso de repente —possivelmente cerca de 1/3 de seu peso total. Sabemos que ele sofre de distúrbio mental intermitente. Publicado pelo National review online)