segunda-feira, janeiro 31, 2005

IBGE terá que mostrar o resultados de suas pesquisas ao governo antes de divulgá-los

A cada dia o governo vem dando sinais do seu viés totalitátio.
Quando será que a nossa imprensa "chapa branca" vai enfim colocar a boca no trombone e denunciar o circo Stalinista que está sendo montado em Brasília?
A notícia que o IBGE terá que mostrar ao patrão as pesquisas antes de divulgá-las é vergonhosamente típica de um governo que estudou naquela cartilha que já levou 100 milhões para a cova e está levando o Brasil para a cela.

Nada como a democracia brasileira

A mordaça que agora impede o IBGE de divulgar resultados de pesquisas antes que o governo decida se concorda com eles mostra, finalmente, que cara têm as mãos que dirigem o país.
Nem na longa treva da ditadura militar (sic) a direita raivosa e maniqueísta ousou tanto.
O trabalho do Instituto reflete retratos da sociedade e precisa de independência para ser produzido. Seus resultados devem servir para orientar políticas e programas de governo. Não pode ser o contrário.
Decidir o que deve – e como deve – ser levado ao conhecimento da população é lance arriscado que ofende a democracia. Com ele vem a irresistível vontade de retocar as fotografias e reescrever a história. Ditaduras de esquerda ou de direita são sempre parcelas da mesma conta. Só trocam de sinal.

Xico Vargas - No Mínimo

quinta-feira, janeiro 27, 2005

é pra rir ou pra chorar III? (a ONU só pode estar de sacanagem)

Piada de mau gosto: Cuba como membro da Comissão de Direitos Humanos da ONU
por LavozdeCubaLibre em 27 de janeiro de 2005

Resumo: A América Latina elege Cuba, cujo governo descumpre 25 dos 30 Direitos Humanos estabelecidos pela Comissão correspondente da ONU, para ser seu representante em um tribunal que julgará as denúncias.

é pra rir ou pra chorar II?

11:06 LULA É APLAUDIDO AO CHEGAR AO FÓRUM SOCIAL EM PORTO ALEGRE

Porto Alegre, 27 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou às 10h20 no Ginásio do Gigantinho, em Porto Alegre, onde cerca de 11 mil pessoas o aguardavam para participar do lançamento da "Chamada Global para a Ação contra a Pobreza", um dos eventos do Fórum Social Mundial. Lula foi aplaudido, ovacionado e ouviu seu nome ser gritado pela maioria do público presente. Para empolgar ainda mais a massa, a banda que tocava no palco entoou a música em palavras de ordem "Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula".

quarta-feira, janeiro 26, 2005

é pra rir ou pra chorar?

14:26 PRESIDENTE DA INTERNACIONAL SOCIALISTA ELOGIA AÇÕES DE LULA

Porto Alegre, 26 - O presidente da Internacional Socialista, Antônio Guterres, elogiou hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O dirigente participou de reunião do comitê de autoridades locais da Internacional Socialista e ressaltou as ações de Lula para promover a integração sul-americana e a reforma de organismos internacionais, além da campanha contra a fome. Para Guterres, estas medidas ajudam a "humanizar a globalização".

Questionado sobre as críticas feitas por organizações sociais ao governo Lula, Guterres avaliou que a capacidade de ação dos administradores é limitada e não é possível satisfazer a todos os eleitores. "Este papel para humanizar a globalização é da maior importância", ressaltou Guterres, após à reunião, paralela ao Fórum Social Mundial (FSM). Lula estará amanhã no FSM, onde participa de uma conferência que marcará o lançamento da "Chamada global para a ação contra a pobreza".

Entre os administradores ligados à Internacional Socialista, o coordenador do comitê de autoridades locais da entidade, Elio di Rupo, prefeito de Mons, na Bélgica, enfatizou uma preocupação com a proposta que será debatida pela Organização Mundial do Comércio em dezembro, de submeter todos serviços públicos a regras de competição. Segundo ele, a medida atingiria todas as áreas, inclusive a educação primária, retirando o poder de ação dos governantes locais. O comitê de autoridades pretende, segundo ele, chamar a atenção para esta proposta e organizar uma reação a ela.

Para o presidente da Internacional Socialista, "a globalização desumana que vivemos tem as mais trágicas conseqüências ao nível local". Mesmo assim, ele disse que é na esfera local que encontra "mais esperanças para domar esta fera que é a globalização". (Sandra Hahn)
Reportagem: Agência Estado

Argentina e o LIberalismo

A Argentina ainda é citada como um exemplo de como o liberalismo internacional é incapaz de servir de parâmetros para a organização sócio-econômica de um país devido à sua recente crise. Entretanto, o que estes críticos não levam em consideração é que a Argentina - que já teve a sétima maior renda per capita do mundo nos anos 30 – vem há anos embarcando num processo de empobrecimento sistemático e alienação coletiva de sua população, em grande parte gerada pelo furor nacionalista e estatizante iniciado com o Peronismo. Os Argentinos fizeram uma escolha consciente pela pobreza, e quando mudaram de idéia estavam muito longe do caminho para retornar sem maiores problemas.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Milton Friedman fala sobre responsabilidade social

"Eu não compraria ações de uma empresa que contrata este tipo de liderança. A responsabilidade de um executivo de empresa é produzir, aos acionistas da empresa, o quanto de dinheiro possível enquanto ele estiver jogando as regras do jogo.
Quando um executivo decide tomar ações de cunho social, ele está tirando dinheiro de alguém - seja dos acionistas, na forma de dividendos mais baixos, seja do empregados, na forma de salários mais baixos, seja do consumidor, na forma de preços mais altos.
A responsabilidade de um executivo de uma empresa é de respeitar todos os termos do contrato dele. Se ele não consegue fazê-lo em sã consciência, então ele deveria largar seu emprego e arrumar um outro jeito de fazê-lo melhor.
Ele tem o direito de promover o que ele enxerga como sendo desejável para seus objetivos morais somente com o próprio dinheiro.

sábado, janeiro 15, 2005

O Amaral Neto do petismo

Tendo lido no Samjaquimsatva que o diretor-de-cinema-nacional Jorge Furtado vai processar quem reproduzir a coluna do Diogo Mainardi sobre ele, decidi reproduzir a coluna do Diogo Mainardi sobre ele, just for the Hell of it. Acompanhem-me, pois.

Diogo Mainardi
Jorge Furtado é o Amaral Neto do petismo. Faturou 700.000 reais para dirigir um comercial do Banco do Brasil sobre o tema da fraternidade. O comercial faz parte da campanha ufanista "O melhor do Brasil é o brasileiro".

Na ditadura militar, Amaral Neto exaltava o orgulho nacional mostrando a construção de hidrelétricas. Jorge Furtado, o maior propagandista do lulismo no meio cinematográfico, mostrou a construção de uma quadra de futebol na periferia de Porto Alegre. A quadra custou 120.000. Foi financiada pelo próprio Furtado, com o dinheiro pago pelo Banco do Brasil.
Furtado elegeu a si mesmo como exemplo de fraternidade, portanto. E usou o dinheiro do Banco do Brasil com a desenvoltura de um deputado maranhense, que constrói quadras de futebol em seu curral eleitoral, com a verba do Fundef.

Não todo o dinheiro, claro: se a quadra de futebol custou 120.000, e outros 130.000 foram gastos em impostos, sobraram 350.000 para Furtado. É assim que funciona a fraternal contabilidade petista.

Furtado já declarou que, em parte por motivos ideológicos, não aceita fazer publicidade em sua produtora de cinema. Exceto publicidade do PT. Ele é o mais requisitado marqueteiro petista do Rio Grande do Sul. Dirigiu as duas campanhas de Tarso Genro à prefeitura de Porto Alegre e as duas campanhas de Olívio Dutra ao governo do estado.

Valeu a pena. O governo gaúcho, na administração Olívio Dutra, premiou seu filme O Homem que Copiava com 1,3 milhão de reais. E deu mais 1,1 milhão para seu sócio. Furtado está entre os maiores captadores de recursos públicos para o cinema do país.

Leva dinheiro de todos os lados. Só nos últimos tempos, recebeu 250.000 da Petrobras, 380.000 da Ancine, 400.000 do BNDES, 370.000 do Ministério da Cultura, uma ajudinha camarada dos Correios, outra ajudinha camarada da velha prefeitura petista de Porto Alegre.
Não é só com o apoio de estatais que Furtado financia seus filmes. Meu Tio Matou um Cara, atualmente em cartaz, contou também com o patrocínio da Brahma. Furtado diz que não faz publicidade, mas o filme está repleto de merchandising de cerveja. Seus sólidos princípios ideológicos valem tanto quanto os de Lula. Como todo petista, Furtado protestou violentamente contra a privatização das empresas de telefonia.

Agora, com a maior naturalidade, passa o pires na Brasil Telecom e na TIM. Quando o PT estava na oposição, Furtado acusava Fernando Henrique Cardoso de representar "décadas de concentração de renda e exclusão social, patrocinadas pela mesma elite que continua no poder: ACM, Sarney, Maluf, Delfim".

Os quatro antigos vilões foram alegremente absorvidos pelo fisiologismo petista, e Furtado deixou de se escandalizar com isso. Afinal, além de patrocinar a concentração de renda e a exclusão social, a tal elite também patrocina seus filmes.

A esquerda, durante a ditadura militar, deu a Amaral Neto o apelido de "Amoral Nato". Furtado tem uma vantagem: se alguém quiser aplicar-lhe um apelido depreciativo, nem precisa estropiar seu sobrenome.

PS: post copiado do ASS

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Ser socialista...

"Nós somos socialistas, nós somos inimigos do atual sistema econômico capitalista para a exploração dos economicamente fracos, com seus salários injustos, com sua indecorosa avaliação do ser humano de acordo com a riqueza e a propriedade em vez de sua responsabilidade e desempenho, e nós estamos todos determinados a destruir esse sistema sob todas as condições."

Adolf Hitler - Primeiro de Maio de 1927

Esta declaração foi de Hitler, mas bem que poderia ser do Dirceu ou de qualquer esquerdistinha do PSTU...

quarta-feira, janeiro 05, 2005

carta de amor

você tem defeito sérios, que eu percebo também, mas eu amo o seu conjunto.
eu amo o jeito que você dorme... isso você nunca viu.
você dorme num casulo de cobertor, feinha que nem uma lagarta... mas acorda uma borboleta.. como eu amo o mau humor com o qual você acorda...
eu amo ver você falando do seu cachorro e imagino você cuidando de uma criança... cheia de manias e cuidados pra que ela não coma nada estragado ou não se machuque... fazendo desde estudos profundos sobre a alimentação ideal ( que por sinal será impossível ter uma criança saudável se você vai entupi-lo de chocolate) até fazer as mais crentes rezas e simpatias pra a bebê fique bem.

eu amo o seu olho estrábico... brilhante...

eu amos a sua boca pequenininha...

eu amo seu joelho esfolado, o seu pé feio, a sua unha por fazer o seu cabelo mau educado que teima em enrolar.... ah... como eu adoro ver você com o cabelo enrolado... todo cacheado... uma semana sem escova.

você parece um furacão dormindo, não tinha um minuto de paz quando eu dormia com você... mesmo assim eu amava ficar do seu lado sem dormir mesmo a noite toda.

eu lembro dos seus presente...
eu tento esquecer a maneira estúpida com que os recebia, ainda que eu estivesse saltando de alegria.

eu lembro da primeira vez que nós ficamos, foi tudo tão rápido.. eu vou dizer uma coisa que eu nunca adimiti mas eu que te beijei... e essa foi a decisão mais acertada da minha vida.

eu amo o jeito com que você me critica, parece minha mãe cuidando de mim...

eu amo o jeito que você come devagarzinho...
e minha paciência vai embora rápido porque eu já comi meu prato todo...

eu amo o seu jeito bobo de falar igual criança...
eu amo a sua maneira tímida de se apresentar
o espalhafato que você faz quando vê alguma coisa que você gosta...

eu amo o jeito que você trata minha mãe e minha avó...
eu amo o jeito que você trata o seu avô...
eu amo o jeito que você cuida do seu irmão...
eu amava o jeito que você cuidava de mim...

Tiramissu

O Sri Lanka negou a proposta de envio de médicos e socorro geral vindo de Israel.
Tsunami nos olhos dos outros é refresco
E o pior é que a patuléia pró-Palestina ainda aplaudiu
liberdade é um exercício diário de cristianismo

Liberalismo

Não sou pró-capitalismo, apesar de capitalista convicto. Sou pela propriedade privada um conceito muito mais subliminar e essencial.

Não sou a favor de juros altos, apesar de defender que na atual conjuntura este seja a taxa que equilibre o mercado (ainda mais depois da ata do Fed divulgada ontem).

Não sou a favor da escravidão, apesar de ser contra a palhaçada criada pelo governo federal a respeito do trabalho escravo no Brasil.

Não andaria armado, apesar de ser radicalmente contra o estatuto do desarmamento.
Não tenho nada contra homossexual, apesar de acreditar que o movimento homossexual no mundo seja extremamente pernicioso e ser contra o casamento de pessoas do mesmo sexo.

Quem é pela liberdade tem que ser pelos dois lados.
Patrão e empregado
Conservador e reformista
Sou pela liberdade, viva a diversidade


kid abelha

... tira essa bermuda que eu quero você sério...

- alguém conhece alguém que passe seriedade ao tirar as calças?
(idéia roubada de algum blog que não me lembro)

self-ownership; conceituação de liberdade

Você é dono da sua própria vida, dono de si mesmo.

Como ser criado, o ser é dotado do mais natural e essencial das liberdades: o livre-arbítrio.

Negar o conceito de “self-ownership” implica em aceitar que outra pessoa, grupo de pessoas ou instância superior tenha o direito moral de ingerência sobre a sua vida.

Ao homem não é estabelecido nem delegado direitos.
Nascemos com direitos.

direitos naturais que devem ser preservados/defendidos (a única função do estado)

Dessa forma, nenhuma pessoa ou grupo de pessoas é dono, ou tem poder, sobre a sua vida alheia.

On property

O ser existe ao longo do tempo.

Futuro: é a vida; o exercício do livre-arbítrio
Presente: é a sua liberdade
Passado: resultado do exercício da liberdade ao longo de sua vida (passado) sendo a sua propriedade.

Atentar contra a vida de alguém é atentar contra seu futuro (assassinato);
Atentar contra a liberdade implica em influenciar o presente (escravidão)
Contra o resultado do exercício da liberdade no tempo passado é atentar contra a propriedade (roubo).

Propriedade, hein?

Propriedade é o fruto do trabalho; produto do tempo, energia e talento.
Ela é parte da natureza humana. Transformar tempo, energia e talento em bens que agregam valor.

É também, a propriedade, fruto do esforço alheio entregue por encargo voluntário e consentimento mútuo.

Duas pessoas que trocam propriedade voluntariamente estarão em melhor estado de satisfação do que antes da troca. Só é condicional que a decisão seja tomada por eles mesmos.

terça-feira, janeiro 04, 2005

frailty, thy name is woman
- Shakespeare

Comunismo também é negócio

Interessante observar que os comunistas da Coréia do Norte não tem pena de praticar a mais valia vendendo souveniers no site oficial da republiqueta comunista.

Porra, 35 euros numa bandeira não há revolucionário que agüente

http://www.korea-dpr.com/shop/badges.htm

Bolão Pé na Cova 2005 - bem que eu gostaria...

Pessoas que eu gostaria que se fossem se encontrar com o Celso Furtado ainda em 2005 não fariam mal nenhum ao Brasil.
Lessa;
MC Tavares;
O Beto que dizem que é Frei;
Heloísa Helena (o problema que ela ainda é nova);
Soros;
Fidel (esse é campeão);
Kim Jomg Il (o malucão ditador da Coréia do Norte);
Garotinho;
Rigoto;
Lindberg;
ACM

Meu tio matou um cara

Filme legal, não vai marcar a sua vida, mas é bom.
A narrativa tem o timing do Guel Arraes, o que dá um tom de programa especial da Globo, mas isso não quer dizer que o filme é ruim, muito pelo contrário.

Momento sublime:“ – Puta que me pariu” quem assistir ao filme saberá do que eu estou falando


Pinochet x Fidel

Pinochet é um assassino astuto e ardiloso que ainda hoje, comprometendo o futuro da democracia no mundo, está maquinado um plano fascista de dominar o mundo

Fidel é o grande comandante que fez o necessário para manter a revolução (Hay que enderecer, sin perder la ternura jamás)

Este pessoal só pode estar de sacanagem

Caminho da Servidão

Mainardismo – O PT é mais um partidinho brasileiro entre todos os outros que só quer arranjar mais um tempinho no poder, proteger seus amigos e se possível arranjar emprego para o cunhado mala que vive pedindo dinheiro emprestado.

Olavismo – O PT é composto por uma corja de futuros ditadores que, patrocinado pela Internacional Comunista, quer estabelecer no Brasil uma republica popular nos moldes da China ou de Cuba.

Eu acho que nós estamos no meio das duas situações mas isso não nos retira do “Caminho da Servidão”.

Mainardismos e Olavismos

Eu hoje passeio entre a tranqüilidade cínica do mainardismo e o desespero catastrofista do olavismo. Acho que o Brasil se encontra em algum lugar entre estes dois extremos.

Blogosfera

É impressionante observar a qualidade dos jovens escritores disponíveis na web (ou na chamada “blogosfera”) que ninguém conhece.
É inegável que o mercado literário brasileiro, para não dizer o mercado cultural de uma maneira mais abrangente, não dá nem nunca dará espaço ao neo-beautiful-people que não tem vergonha de escrever alguma coisa diferente do mainstream politicamente correto.
A intelectualidade anti-esquerda (que não chega a ser de direita ou muito menos conservadora (?)) não terá espaço na literatura enquanto o governo for o maior cliente da editoras. Neste caso vale a máxima, cada país tem o mercado editorial que merece.

Interessantes, valem ser visitado e lidos, de preferência diariamente:
www.wunderblogs.com
www.blogdepapel.com.br
www.liberallibetariolibertino.blogspot.com

e para acompanhar com o espírito de um jovem voyer:
www.baldedegelo.blogspot.com (brilhante sitcom literária)

Talvez um dia...

Talvez um dia nós nos encontremos na rua e eu aceite a sua mão estendida e seu abraço caloroso.
Talvez eu consiga colar meu peito no seu e me sentir bem e realmente ficar feliz em abraçar você.
Talvez possamos falar de amenidades, um atrapalhando a fala do outro, choro e risadas nervosas se misturando e nenhum mal-estar, nenhuma estranheza nos tolha.
Talvez você pergunte dos meus pais e eu dos seus, fofoquemos sobre nossas famílias e , então, talvez você me mostre a foto do seu filho e eu comente que ele é lindo.
Talvez, talvez, nos sentemos naquele boteco e possamos rir das nossas trepadas, e relembremos os velhos-bons-tempos-que-não-voltam-mais.
Talvez eu chore um pouco de saudades daquela época e relembre o nome de todo mundo da turma, e possamos listar quem criou barriga, quem tem emprego público, quem come a cunhada, quem embichou.
Talvez possamos rir às custas daquela ridícula professora de biologia. Talvez só as boas recordações me assaltem. Pode ser que, então, eu já tenha esquecido as dores, que as mágoas sejam só lembranças e que seu rosto não me assombre mais.
Talvez eu já não chore mais debaixo do chuveiro.
Talvez eu passe a mão pelo seu rosto e meus olhos sorriam e nós possamos nos despedir prometendo contato, trocando e-mails e jurando encontros familiares em breve.
Talvez, algum dia.

Hoje, não. Hoje, eu quero que você vá pra puta que o pariu.
www.blogdepapel.com.br

Como eu não escreto nem 10% do que este pessoal escreve, eu dou Ctrl+C - Ctrl+V neles.

Não existe graça nas mulheres óbvias!

Houve época em que, pelo buraco da fechadura, eu, muito moleque, via tia Carminha mudar de roupa;Tempos depois, perdi muito a concentração para me concentrar na arte de ver a cor da calcinha da Rosângela, que cruzava suas belas pernas sob a saia mínima;Da Clara, eu me contentava com um sorriso, que imaginava só meu.
Casei-me com Mariana, que me mantém enamorado porque mostra pouco a pouco fatias do seu pensamento.

Não existe graça nas mulheres óbvias!

www.blogdepapel.com.br (vale a pena visitar - brilhante)

perfeito, nada mais verdadeiro...

só para lembrar...

A Civilização assenta-se no fato de que nós todos nos beneficiamos de conhecimento que nós não possuímos.

- Friedrich A. Hayek

3 razões que explicam a convergência entre intervencionismo e supressão da liberdade política

"Primeira: as medidas restritivas sempre diminuem a produção e a quantidade de bens disponíveis para consumo. Quaisquer que sejam os argumentos apresentados em favor de determinadas restrições ou proibições, tais medidas em si não podem jamais constituir um sistema social de produção.

Segunda: todas as variedades de interferência nos fenômenos de mercado não só deixam de alcançar os objetivos desejados como também provocam um estado de coisas que o próprio autor da intervenção, do ponto de vista do seu próprio julgamento de valor, considera pior do que pretendia alterar. Se, para corrigir os indesejados efeitos de uma intervenção, recorre-se a intervenções cada vez maiores, acaba-se destruindo a economia de mercado, substituindo-a pelo socialismo.
Terceira: o intervencionismo pretende confiscar o que uma parte da população tem de "excelente" e distribuí-lo a uma outra parte. Uma vez que esse excedente já tenha sido confiscado, torna-se impossível prosseguir com essa política"

- Mises

Ler Mises é como ler o comentário de um jornal publicado recente... nada mais aplicável a nossa realidade do que este austríacos.

Femina - Soares Feitosa

Não lavei os seios
pois tinham o calor
da tua mão.
Não lavei as mãos
pois tinham os sons
do teu corpo.
Não lavei o corpo
pois tinha os rastros
dos teus gestos;
tinha também, o meu corpo,
a sagrada profanação
do teu olhar
que não lavei.
Nem aqueles lençóis,
não os lavei,
nem os espelhos,
que continuam
onde sempre estiveram:
porque eles nos viram
cúmplices, e a paixão,
no paraíso,
parece que era.
Lavei, sim,
lavei e perfumei
a alma, em jasmim,
que é tua, só tua,
para te esperar
como se nunca tivesses ido
a nenhum lugar:
donde apaguei
todas as ausências
que apaguei
ao teu olhar.

Oh, mar salgado

Trecho da Poesia Mar Portuguez (ou que o valha) – Fernando Pessoa (*)
*- Poesia a ser lida com sotaque de Portugal


IV. O MOSTRENGO
mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tetos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo: «El-Rei D. João Segundo!»

«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»

Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»


A questão é:
- Até escrevendo poesia português é uma figura. Não obstante, durante a leitura, sentirmo-nos assistindo a um filme de aventura cheio de efeitos especiais.

Tudo bem que a poesia é boa (brilhante), mas imagina o português barrigudo no leme, tremendo, quase se cagando, encarando o monstrengo dizendo: - El-Rei D. João Segundo